Atualmente, valor do saco de 50 kg chega a R$ 103. Em novembro de 2019, preço era de R$ 66. Entenda os impactos para a safra.
O mercado do açúcar vive um momento excepcional. De acordo com dados da USP, o preço do açúcar atingiu a maior cotação dos últimos 17 anos, com o saco de 50 quilos sendo negociado a R$ 113,00, um aumento significativo em relação aos R$ 90,00 do mês anterior e aos R$ 66,00 de 2019.
Cenário positivo para as usinas
Para as usinas, essa alta de preços representa um cenário bastante positivo. A possibilidade de exportação com um câmbio favorável contribui para a redução do endividamento do setor, que busca se recuperar de crises anteriores. A queda no consumo de combustíveis devido à pandemia também impulsiona a produção de açúcar, tornando-o mais atrativo que o etanol.
Impacto no consumidor e no etanol
O aumento do preço do açúcar impacta diretamente o consumidor, refletindo-se na inflação dos alimentos. Em relação ao etanol, estamos em período de entressafra, o que naturalmente eleva os preços. Porém, a menor movimentação de pessoas devido à pandemia e a queda do preço do petróleo internacional podem atenuar o impacto no consumidor.
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Os créditos de descarbonização (CBIOs)
A recente queda no valor dos créditos de descarbonização (CBIOs), de mais de R$ 15,00 em poucos dias, também merece atenção. Essa redução está ligada à diminuição da meta de redução de emissão de carbono estabelecida pelo RenovaBio. A princípio, essa redução gerou uma paralisação nas compras, causando a desvalorização. Porém, a expectativa é que, com a nova meta, os CBIOs se tornem mais atrativos para compra no futuro.
Em resumo, o mercado do açúcar demonstra um momento de alta, beneficiando as usinas, mas impactando o consumidor. O cenário do etanol é influenciado pela entressafra e pela situação internacional do petróleo. A questão dos CBIOs apresenta volatilidade, dependendo das metas de descarbonização.
