As semelhanças e diferenças no planejamento esportivo para disputar Série B e Série C

O programa CBN nas Quatro Linhas, apresentado por João Tôbero, traz um bate-papo sobre os temas mais relevantes do futebol. Nesta edição, o foco é a gestão, contrastando o desenvolvimento de projetos esportivos e planejamentos estratégicos em clubes das séries B e C do Campeonato Brasileiro. O convidado especial é Rodrigo Pastana, executivo de futebol do Botafogo da Paraíba, que compartilha sua experiência e visão sobre o tema.

Contexto e Formato das Competições

Rodrigo Pastana destaca a importância do contexto ao planejar para as séries B e C. A Série B preza pela regularidade, enquanto a Série C exige adaptações constantes, especialmente na fase eliminatória. Ele ressalta que a Série C se comporta como dois campeonatos distintos, impactando diretamente no planejamento anual dos clubes. Na Série B, a estabilidade permite um planejamento mais linear, evitando grandes mudanças no elenco durante a competição.

Influência dos Campeonatos Estaduais

A participação em campeonatos estaduais, como o Paulista A1 e A2, oferece vantagens significativas no planejamento anual, principalmente devido à organização, qualidade e orçamentos envolvidos. Pastana enfatiza que a estrutura e a logística desses campeonatos facilitam a preparação das equipes para as competições nacionais.

Arrecadação e Restrições Orçamentárias

As diferenças de arrecadação entre as séries B e C são notáveis, com a Série B possuindo cotas de TV e patrocínio mais elevadas. Em cenários de restrição orçamentária, os clubes devem ser criativos na busca por reforços, monitorando estaduais, copas regionais e suas categorias de base. Pastana sugere observar jogadores bem formados, entre 19 e 23 anos, que podem estar em mercados alternativos por falta de oportunidade.

Infraestrutura e Formação de Staff

Investir em infraestrutura e em um staff qualificado é primordial para gerar vantagem competitiva. Pastana defende que bons profissionais e uma estrutura adequada são essenciais para o sucesso a longo prazo. Ele compara a necessidade de ter uma “Ferrari” (boa estrutura) e um “bom piloto” (staff competente), incluindo treinador, coordenador de performance, fisiologista, médico, fisioterapeuta e nutricionista.

A discussão proporcionou uma análise prática e realista da gestão esportiva, evidenciando seu impacto direto nos resultados dos clubes. Agradecemos a Rodrigo Pastana pela sua participação e contribuições valiosas.