Aumento foi de 0,25 pontos perceptuais, o que levou o país a ser o segundo com os maiores juros reais do mundo
O Banco Central do Brasil elevou a taxa Selic em 0, Banco Central eleva taxa Selic para,25 ponto percentual, alcançando 15% ao ano, tornando o país o segundo com os maiores juros reais do mundo. A decisão ocorreu em um cenário de inflação em queda, com o índice IPCA acumulado nos últimos 12 meses em 5,32%, e a inflação corrente anualizada próxima a 4%. Mesmo assim, a taxa de juros real permanece em torno de 10%, o que representa um custo financeiro elevado para empresas e para a dívida pública.
Contexto da alta da Selic: A alta da taxa de juros foi motivada principalmente pela situação fiscal do país, marcada por gastos públicos elevados e desorganizados, além da resistência do governo e do Congresso Nacional em promover cortes efetivos nas despesas. O aumento do consumo geral pressiona os preços, dificultando a redução da inflação.
Perspectivas para a taxa de juros
A maioria dos analistas prevê que a taxa Selic permanecerá em 15% até meados de 2024. No entanto, há uma visão otimista de que, com a continuidade da queda da inflação e maior controle dos gastos públicos, a taxa possa começar a ser reduzida ainda em 2024, possivelmente entre novembro e dezembro. Até lá, o crédito continuará caro e escasso.
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Decisão do Federal Reserve dos Estados Unidos: Na mesma data, o Federal Reserve (Fed) manteve a taxa de juros entre 4% e 4,25%, em meio a sinais de desaceleração da atividade econômica e do emprego nos EUA. A inflação americana está em torno de 2,5%, um pouco acima da meta de 2%, mas considerada sob controle. A decisão reflete uma postura conservadora diante das incertezas globais, incluindo conflitos internacionais.
Impactos dos conflitos internacionais: O cenário global é agravado por tensões militares, como os recentes ataques de Israel ao Irã e a guerra na Ucrânia, que afetam o comércio exterior, os preços do petróleo e as expectativas econômicas. A posição de países como China, Rússia e nações árabes ainda é incerta, aumentando a complexidade do ambiente econômico mundial.
Informações adicionais
Enquanto o Brasil e os Estados Unidos mantêm taxas de juros elevadas, outras regiões, como Europa e Ásia, têm registrado reduções nas suas taxas, com a Suíça anunciando cortes para níveis abaixo de 2%. Isso indica uma desaceleração da atividade econômica global, que não foi acompanhada pelo Brasil devido aos desafios fiscais internos.