Setor está de olho no resultado das eleições para a presidência dos EUA. Veja a opinião do colunista da CBN.
A eleição americana de 2020 e seus impactos no agronegócio brasileiro foram analisados por José Carlos de Lima Jr. em entrevista à CBN Agronegócio. O especialista destacou dois aspectos cruciais: os EUA como comprador e como concorrente do agronegócio brasileiro.
EUA como Comprador: O Impacto do Embate Comercial
A disputa comercial entre EUA e China, intensificada durante a presidência de Trump, beneficiou o Brasil, que absorveu parte das exportações americanas para a China. Uma vitória de Trump poderia manter esse cenário, com o Brasil mantendo um volume significativo de exportações para a China. Por outro lado, uma vitória de Biden poderia levar a um amolecimento das tensões comerciais, aumentando a concorrência americana no mercado internacional.
EUA como Concorrente: A Questão Ambiental
Biden já demonstrou preocupação com questões ambientais, o que pode impactar o agronegócio brasileiro. Suas declarações sobre a Amazônia indicam uma possível pressão sobre o Brasil em relação a práticas ambientais. Considerando o alinhamento ideológico entre Bolsonaro e Trump, uma vitória de Biden poderia gerar tensões entre os governos, afetando as relações comerciais.
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Desdobramentos e Perspectivas
A atenção do setor agro brasileiro se volta para os desdobramentos da eleição americana, considerando os impactos de curto e longo prazo. A questão ambiental, a política de preços do petróleo e a possível interferência governamental são pontos de atenção. A necessidade de mostrar a seriedade do setor agro brasileiro, contrastando com práticas irregulares de uma minoria, é fundamental para evitar o fechamento de mercados.