Brechó ocupa galeria de arte em Ribeirão e conecta moda, história e criatividade
A moda circular ganha espaço em Ribeirão Preto com uma iniciativa inusitada: um brechó dentro de uma galeria de arte. A proposta, que mistura roupas usadas com pinturas e esculturas, levanta a questão: por que não? Afinal, a roupa também pode ser uma forma de arte.
A Moda como Expressão Humana
Marília Rock, designer de moda, artista e pesquisadora, explica que a ideia surgiu de sua paixão por observar os detalhes das roupas e como elas se encaixam em diferentes corpos. Para ela, a roupa é uma expressão humana presente no cotidiano, assim como a pintura e a poesia. A escolha de cores, formas e volumes ao se vestir reflete a individualidade de cada pessoa.
A Autoestima Através da Roupa
O projeto de Marília vai além de simplesmente vender roupas usadas. Ela busca ressignificar peças que já não fazem sentido para seus donos, transformando-as em objetos de arte. O objetivo é elevar a autoestima das pessoas, permitindo que elas se sintam bem e confiantes ao vestir uma roupa. A chave está em saber comprar, em ter autonomia para escolher o que realmente valoriza o corpo e o estilo de cada um.
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Brechó, Bazar e Grifes: Um Universo de Possibilidades
Marília esclarece a diferença entre brechó e bazar, destacando que o bazar oferece peças a preços mais acessíveis, enquanto o brechó trabalha com valores medianos e até mesmo algumas peças novas. Existe ainda o brechó de grife, que comercializa roupas de marcas renomadas a preços mais convidativos. Independentemente da categoria, a moda circular oferece oportunidades para todos os estilos e bolsos.
A iniciativa de unir moda e arte na Galeria Casa Cotrim demonstra que a roupa pode ser muito mais do que um simples objeto de consumo. Ela pode ser uma forma de expressão, de resgate da autoestima e de valorização da individualidade.



