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Casos de ‘mão-pé-boca’ volta a atingir crianças em escolas e creches na região de Ribeirão Preto

Rodrigo Stabeli explica o que é essa doença e como acontece o contágio; ouça o 'Com Ciência' e fique por dentro!
Casos de ‘mão
Rodrigo Stabeli explica o que é essa doença e como acontece o contágio; ouça o 'Com Ciência' e fique por dentro!

Rodrigo Stabeli explica o que é essa doença e como acontece o contágio; ouça o ‘Com Ciência’ e fique por dentro!

O pesquisador titular da Fiocruz, Casos de ‘mão, Rodrigo Estabili, explicou que a doença mão, pé e boca é uma infecção viral causada principalmente pelo vírus Coxsackie, um enterovírus altamente contagioso que afeta principalmente crianças em creches e escolas. A transmissão ocorre pelo contato direto com secreções contaminadas, como saliva e objetos compartilhados, comuns no ambiente escolar.

Os sintomas característicos incluem febre, Casos de ‘mão, dor de garganta, mal-estar, vômitos e o surgimento de bolhas nas mãos, pés, boca e, ocasionalmente, no bumbum. Essas bolhas evoluem para pontos vermelhos e são a principal razão do nome da doença. Apesar de ser altamente contagiosa, a doença raramente causa complicações graves, que podem ocorrer apenas se houver infecção bacteriana secundária nas lesões.

Transmissão e prevenção: O vírus é facilmente transmitido entre crianças devido ao contato próximo e à troca de objetos, além do hábito das crianças de levar as mãos à boca. A doença pode ocorrer a qualquer época do ano, mas é comum em surtos nas escolas e creches, que costumam alertar os pais para monitorar os filhos quando há casos confirmados. Um surto é definido quando duas ou mais crianças são infectadas.

Diagnóstico e tratamento: O diagnóstico é clínico e pode ser feito por qualquer médico, sem necessidade de exames específicos. Não existe vacina nem tratamento antiviral para a doença; o tratamento é sintomático, com uso de antitérmicos, repouso, hidratação e alimentação adequada. A recuperação geralmente ocorre em 7 a 10 dias.

Importância do isolamento e cuidados: Rodrigo Estabili ressaltou a importância de manter crianças infectadas afastadas das creches e escolas para evitar a disseminação, especialmente porque algumas crianças podem estar imunodeprimidas e desenvolver formas graves da doença. Além disso, adultos raramente são infectados, mas podem sofrer complicações secundárias. O pesquisador alertou para a responsabilidade coletiva, destacando que evitar a propagação pode prevenir casos graves e até mortes.

Diferenciação de outras doenças: A doença mão, pé e boca é facilmente reconhecida pelas bolhas características, o que facilita a identificação precoce nas escolas. Embora possa haver confusão com outras doenças virais, como herpes, o médico consegue distinguir pelos sintomas e pela localização das lesões. Diferentemente das infecções respiratórias, a mão, pé e boca não apresenta sintomas como coriza ou congestão pulmonar.

Entenda melhor

A doença mão, pé e boca é comum em crianças pequenas e apresenta alta transmissibilidade em ambientes coletivos. A prevenção inclui cuidados básicos de higiene e o afastamento das crianças infectadas para evitar surtos. Apesar da ausência de vacina, o acompanhamento médico e o tratamento dos sintomas garantem a recuperação na maioria dos casos.

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