Doença renal é mais comum entre crianças de até 12 anos; médico pediatra, Ivan Savioli, comenta essa condição

A síndrome nefrótica é uma doença renal que afeta principalmente crianças de até 12 anos, Casos de ‘síndrome nefrótica’ aumentam no, caracterizada pela perda excessiva de proteínas na urina devido a alterações na função dos glomérulos, responsáveis pela filtração nos rins. Nos últimos três anos, mais de 2.500 crianças dessa faixa etária foram internadas com esse diagnóstico no estado de São Paulo.

Sintomas e sinais de alerta: O sintoma mais evidente da síndrome nefrótica é o inchaço súbito, que pode iniciar no rosto e se espalhar para os braços, pernas e abdômen. Outro sinal importante é a urina espumosa, causada pela presença de proteínas, principalmente albumina, eliminadas pela urina. Esses sintomas indicam a necessidade de avaliação médica.

Riscos e complicações: A perda de proteínas essenciais, como anticorpos, aumenta a suscetibilidade a infecções. Além disso, há maior risco de trombose devido a alterações na coagulação sanguínea. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações graves.

Tratamento e prognóstico: O tratamento consiste principalmente no uso de medicamentos imunossupressores, como corticosteroides, que reduzem a resposta imunológica responsável pela lesão renal. Cerca de 80% a 85% das crianças apresentam melhora significativa com a terapia inicial. Em casos de resistência ao tratamento, outras medicações imunossupressoras podem ser utilizadas.

Causas e incidência: A síndrome nefrótica pode ser primária, quando a causa é desconhecida, ou secundária, relacionada a infecções, uso de medicamentos — especialmente anti-inflamatórios — ou exposição a poluentes ambientais. A forma congênita, causada por fatores genéticos, ocorre nos primeiros meses de vida e é rara. A incidência é estimada em cerca de dois casos para cada 100 mil crianças até 10 anos, configurando uma condição relativamente rara.

Informações adicionais

A síndrome nefrótica também pode afetar adultos, embora seja menos comum nessa faixa etária. Em adultos, as causas secundárias, como infecções, medicamentos e exposição a substâncias tóxicas, são mais frequentes. A identificação precoce e o acompanhamento médico especializado são essenciais para o manejo adequado da doença em qualquer idade.