José Carlos de Lima Júnior analisa levantamento sobre a interação comercial entre esses países e avalia impactos no agronegócio
Nesta quarta-feira (23 de abril), a CBN Agronegócio discutiu as relações bilaterais entre Brasil e China, focando nos impactos para o agronegócio brasileiro. José Carlos de Lima Júnior, analista convidado, apresentou um relatório que analisou o passado, presente e futuro dessa parceria comercial.
Dependência Comercial e Desafios
O Brasil demonstra uma forte dependência comercial da China, com 28% das exportações brasileiras destinadas ao país asiático. Entretanto, o investimento chinês no Brasil representa apenas 1% do total investido globalmente pela China. Essa disparidade levanta preocupações sobre a sustentabilidade dessa relação comercial a longo prazo, principalmente considerando o cenário geopolítico atual e a concorrência com os Estados Unidos.
Oportunidades e Diversificação
Embora o Brasil se beneficie do mercado chinês, a dependência excessiva apresenta riscos. A diminuição da taxa de natalidade na China e o aumento da maturidade da exportação de alguns produtos brasileiros, como a soja, exigem uma estratégia de diversificação de mercados. Aumentar o valor agregado dos produtos, como a industrialização da soja, e explorar outros mercados, como na Ásia, Europa e África, são medidas cruciais para reduzir a dependência chinesa.
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Ações Necessárias e Urgência
A abertura de novos mercados é urgente. O Brasil precisa acelerar os processos de negociação comercial, aproveitar oportunidades como o embate comercial entre EUA e China e fortalecer acordos como o Mercosul-União Europeia. Investimento em infraestrutura e inovação também são fundamentais para aumentar a competitividade brasileira no mercado internacional. A diversificação de mercados e a agregação de valor aos produtos são estratégias essenciais para garantir a sustentabilidade do agronegócio brasileiro no longo prazo, evitando a dependência excessiva de um único parceiro comercial.