Chiquinha Gonzaga, Elis Regina, Eunice Katunda e outras marcaram a história pela luta para conquistar espaço na música nacional

No mês dedicado às mulheres, Conheça grandes artistas que marcaram a, a CBN realizou uma homenagem especial destacando a contribuição feminina na música brasileira. A programação contou com a participação de Juliano de Oliveira, que apresentou um panorama de artistas e compositoras que marcaram a história musical do país.

Chiquinha Gonzaga e a música popular

Chiquinha Gonzaga é reconhecida como a primeira maestrina do Brasil e uma das pioneiras da música popular brasileira. Entre suas composições mais conhecidas está “Lua Branca”, criada para a burleta “Forró Bodó” em 1912. A melodia e harmonia foram compostas por ela, enquanto a letra foi adicionada posteriormente. A autoria da música foi alvo de disputa judicial, que Chiquinha venceu, garantindo seu reconhecimento.

A interpretação apresentada foi feita pela Orquestra Sinfônica de Mulheres do Rio de Janeiro, com a solista Júlia Anjos e regência de Priscila Bonfim, destacando a presença feminina tanto na composição quanto na execução.

Elis Regina e a música popular contemporânea: Outra referência foi a canção “Como Nossos Pais”, composta por Belchior em 1976 e imortalizada pela voz de Elis Regina no álbum “Falso Brilhante”. A letra aborda o contexto da época da ditadura militar, refletindo conflitos de gerações e a busca por mudanças sociais.

Eunice Catunda e a música erudita: Eunice Catunda, compositora, pianista e regente, foi uma das principais representantes da música erudita brasileira do século XX. Sua obra “Brasília” foi interpretada pela Orquestra Sinfônica Nacional sob a regência de Li Jamadil. Catunda enfrentou desafios para se afirmar em um meio predominantemente masculino e estudou com importantes mestres como Coy Reuter e Camargo Guarnieri. Ela participou do movimento Música Viva, iniciado em 1939.

Rita Lee e a diversidade musical

Rita Lee, conhecida como a rainha do rock brasileiro e a mulher que mais vendeu discos no país, transitou por diversos gêneros musicais, incluindo psicodelia, pop rock, disco, bossa nova e música eletrônica. Além da carreira musical, escreveu quatro livros infantis e atuou na televisão e no rádio, destacando-se no programa “Rádio Amador” em 1986.

Informações adicionais

A homenagem buscou contemplar diferentes estilos e épocas da música brasileira, ressaltando a importância das mulheres na composição, interpretação e inovação musical. A programação reforçou o reconhecimento das contribuições femininas em um cenário historicamente dominado por homens.