Distúrbio afeta a capacidade da pessoa de pensar, sentir e se comportar com clareza; Danielle Zeoti comenta!

A esquizofrenia é um transtorno mental crônico classificado como um distúrbio do pensamento, que dificulta o relacionamento do paciente consigo mesmo e com os outros. Segundo a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Pessoas com Esquizofrenia, a doença afeta cerca de 0,7% da população, com sinais que geralmente se manifestam entre o final da adolescência e o início da vida adulta.

Definição e sintomas principais: A esquizofrenia envolve dificuldade em distinguir fantasia de realidade, levando o paciente a criar uma realidade paralela frequentemente ameaçadora. Os sintomas predominantes são delírios — falsas crenças incontestáveis, como perseguições, poderes especiais ou amores ilusórios — e alucinações, principalmente auditivas e visuais, que podem incluir vozes de comando.

Diagnóstico e tratamento: O diagnóstico exige a ocorrência de um primeiro surto psicótico, caracterizado por delírios e alucinações, seguido de acompanhamento longitudinal para confirmação. Entre os surtos, o paciente pode apresentar sintomas residuais, mas com tratamento adequado — que inclui antipsicóticos, psicoterapia e apoio familiar — é possível controlar os sintomas e levar uma vida próxima do normal.

Riscos e estigmas: Durante surtos, há maior risco de autoagressão do que de agressão a terceiros, com estimativas de 10% a 25% dos pacientes com esquizofrenia consumando suicídio. A doença não é inerentemente perigosa, mas casos de repercussão midiática podem aumentar o estigma e o preconceito, gerando medo injustificado na população.

Importância do diagnóstico precoce: A esquizofrenia pode se manifestar em crianças e adolescentes, mas é mais comum no final da adolescência e início da vida adulta. Antes do primeiro surto, há um período chamado pródromo, marcado por isolamento social, comportamento estranho e apatia, que muitas vezes passa despercebido. O diagnóstico precoce melhora o prognóstico, pois cada surto pode causar perdas cognitivas permanentes.

Informações adicionais

O acompanhamento contínuo por profissionais de saúde mental e o suporte familiar são essenciais para prevenir novos surtos e melhorar a qualidade de vida do paciente. Estudos indicam que pessoas com esquizofrenia são mais vulneráveis a serem vítimas de violência do que a agredi-la. Promover empatia e combater o preconceito são fundamentais para a integração social desses pacientes.