Saldo nos três primeiros meses é positivo em US$ 5 bilhões, cerca de 20% a menos que no ano passado, mas ainda sim significativo

São Paulo lidera exportações do agronegócio brasileiro

O estado de São Paulo manteve sua posição de destaque nas exportações do agronegócio brasileiro no primeiro trimestre de 2025, registrando um saldo positivo de quase US$ 5 bilhões. Embora esse valor represente uma queda de aproximadamente 20% em comparação ao mesmo período do ano anterior, ainda demonstra a força do setor para a economia paulista, segundo Carlos Nabil, coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios. A pesquisa do Instituto de Economia Agrícola, vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, indica que o agronegócio paulista respondeu por 41,7% do total exportado pelo estado no período, enquanto as importações do setor representaram 6,8%.

Principais produtos exportados

Cinco grupos de produtos concentraram a maior parte das exportações: sucro-oculeiro (etanol e açúcar), carnes (principalmente bovina), sucos (98% de laranja), produtos florestais (celulose, papel) e soja. Juntos, esses grupos representaram 73% do total exportado pelo agronegócio paulista. O café ficou na sexta posição, com 7,3% de participação (US$ 465 milhões), sendo 73% café verde e 23% solúvel. Houve queda nas exportações de açúcar, mas aumento nas de café, sucos e carnes.

Tendências de mercado e perspectivas

As altas mais expressivas foram observadas nos setores de sucos de laranja e café, impulsionadas por preços internacionais favoráveis e demanda crescente no mercado externo. Internamente, os preços do café e da laranja devem permanecer elevados durante 2025, enquanto a carne pode apresentar um leve recuo. Os principais destinos das exportações paulistas são China, União Europeia e Estados Unidos.

O agronegócio paulista demonstra resiliência, apesar da redução nas exportações em relação ao ano anterior. A diversificação da produção e a forte demanda internacional contribuem para a manutenção de resultados positivos, projetando um cenário otimista para o setor em 2025.