Danielle Zeoti fala sobre a linha tênue entre o desejo e a inveja no CBN Comportamento
Na última semana, a filha do apresentador Roberto Justus, Vicky, de cinco anos, foi alvo de ataques nas redes sociais após a divulgação de uma foto em que a menina segurava uma bolsa de grife avaliada em R$ 14 mil. Entre os comentários, foram registradas críticas e ameaças de ódio, incluindo frases como “só a guilhotina resolve”, referência à Revolução Francesa e à desigualdade social. Um dos autores desses comentários é um professor universitário aposentado que ainda leciona na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Em entrevista à CBN, a psicóloga Dani Ellis explicou que a inveja é uma emoção comum e inerente ao ser humano, relacionada ao ego, conforme a teoria freudiana. Segundo ela, todos podem sentir inveja e ser vítimas dela, independentemente da posição social ou autoestima.
Dani destacou que o conceito popular de “inveja branca” na verdade corresponde à admiração, que não envolve o desejo de prejudicar o outro. Já a inveja verdadeira é sempre destrutiva, pois envolve o desejo de que o objeto da inveja deixe de possuir aquilo que se deseja.
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Ela exemplificou o funcionamento da mente invejosa: se uma pessoa tem um objeto, como um celular, o invejoso pensa que, se a pessoa não o tivesse, ele próprio o teria, o que pode levar ao desejo de destruir o objeto para que o outro não o possua.
Principais pontos abordados:
- A inveja é uma emoção natural e presente em todos os seres humanos.
- O que se chama de “inveja branca” é, na verdade, admiração.
- A inveja verdadeira está associada a sentimentos destrutivos e agressivos.
- O ambiente virtual pode amplificar manifestações agressivas relacionadas à inveja.
Entenda melhor
Dani Ellis ressaltou que a inveja pode ser difícil de reconhecer, tanto para quem a sente quanto para quem é alvo dela. Muitas vezes, a inveja é manifestada de forma implícita ou inconsciente. Ela também alertou para o impacto negativo da inveja na vida das pessoas, que pode consumir energia e impedir o desenvolvimento pessoal. O caminho recomendado é a admiração e o investimento no próprio crescimento, em vez da destruição do outro.