Mortes infantis por doenças evitáveis voltam a crescer com queda na vacinação no Brasil
O Brasil enfrenta um preocupante ressurgimento de mortes de bebês e crianças menores de cinco anos por doenças evitáveis através da vacinação. Dados preliminares do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde indicam 48 óbitos em 2024, o maior número desde 2015 e o terceiro ano consecutivo de aumento. O estado de São Paulo lidera essa estatística alarmante.
A Urgência da Vacinação
A diminuição da cobertura vacinal desde 2016 é um fator crucial para o aumento dessas mortes. Embora tenha havido uma recuperação nos últimos dois anos, o Brasil ainda não atinge a meta de 95% de cobertura para a maioria das vacinas do Programa Nacional de Imunizações. Apenas a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e a vacina da poliomielite (na época da gotinha) alcançaram esse patamar em 2024.
Coqueluche: Um Retorno Preocupante
A coqueluche foi a doença que mais vitimou crianças em 2024, com um aumento de 1.200% nos casos notificados. Essa doença, praticamente erradicada no passado, ressurge devido à baixa cobertura vacinal. Adultos podem ser portadores assintomáticos da bactéria causadora e transmiti-la para crianças não vacinadas, que são mais vulneráveis às complicações graves da coqueluche.
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Vacinação em Todas as Idades
Embora a maior concentração de vacinas seja para crianças menores de cinco anos, a vacinação é importante em todas as fases da vida. Vacinas como a dupla adulto (difteria e tétano) precisam ser reforçadas ao longo da vida. Além disso, a vacinação protege grupos vulneráveis, como pacientes imunodeprimidos, que dependem da imunidade coletiva para evitar doenças.
A vacinação continua sendo uma ferramenta essencial para proteger a saúde pública e prevenir doenças graves. É fundamental que pais e responsáveis verifiquem a carteira de vacinação de seus filhos e busquem a atualização em postos de saúde. Em caso de dúvida, a revacinação é uma medida segura para garantir a proteção contra doenças evitáveis.