Se o tema desta quinta (17) parece sem sentido, ouça a coluna ‘Papo Certo’, com Lígia Boareto, e saiba como ele tem tudo a ver!
Que felicidade! Hoje, no CBN Papo Certo, vamos desvendar a fascinante história da batata, um alimento tão presente em nossas vidas e na nossa língua.
Da América ao Velho Mundo: Uma Jornada Culinária
A batata, originária do Peru, chegou à Europa pela Espanha e Ilhas Britânicas. Inicialmente usada como alimento para animais, sua importância cresceu com a crise dos cereais. O rei Frederico II da Prússia, diante da fome, incentivou seu cultivo, inclusive usando estratégias inusitadas para popularizar o alimento: plantando batatas em seus jardins reais e diminuindo a segurança para que o povo as “furtasse”, percebendo seu valor nutricional.
Batata na Língua: Expressões e Origens
A batata não se limita à culinária; ela também é protagonista em diversas expressões idiomáticas. “É batata” indica certeza e sucesso, com origens que remontam à Idade Média, quando a batata era valiosa, ou à satisfação dos agricultores ao colher uma boa safra. “Vai plantar batatas” significa pedir a alguém que se retire ou que termine uma conversa sem importância, expressão provavelmente originária de Portugal, onde a agricultura da batata não era valorizada. “Sua batata está assando” indica que algo ruim está prestes a acontecer.
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A Batata na Cultura Europeia
Na Europa, a batata se popularizou por sua versatilidade, baixo custo e resistência. Em tempos de crise, guerra ou recessão, era uma importante fonte de alimento. Na Alemanha, por exemplo, é ingrediente principal ou acompanhamento em quase todos os pratos, consumida de diversas formas. Até mesmo na literatura, a batata aparece, como no romance “Quincas Borba”, de Machado de Assis, com a expressão “alvencedor às batatas”, que ilustra uma luta pela sobrevivência.
A batata, além de um alimento essencial, é um elemento cultural rico, presente em nossas mesas e em nosso idioma, mostrando a influência duradoura deste humilde tubérculo em diferentes culturas e épocas. Sua história nos ensina sobre adaptação, inovação e a força da cultura alimentar.
