O governo do prefeito Ricardo Silva foi marcado por disputas políticas, mudanças administrativas e anúncios de investimentos estratégicos para Ribeirão Preto.
Entre os pontos que mais geraram desgaste ao Executivo municipal está a chamada ‘lei anti-pancadão’, que trata de regras para o funcionamento de adegas e tabacarias. A proposta enfrentou forte resistência de comerciantes e exigiu sucessivas negociações entre a Prefeitura, o Legislativo e a sociedade até a apresentação de uma versão final no mês de julho.
Outro tema central do período foi a reforma administrativa, anunciada em setembro. A medida reduziu 98 cargos comissionados e abriu espaço para a criação de novas secretarias, voltadas a áreas como cidadania, pessoa com deficiência, tecnologia, governo digital e comunicação. A iniciativa foi defendida pela atual gestão como um esforço de austeridade, mas recebeu críticas da oposição e da administração anterior, que questionaram a efetiva economia gerada.
Além dos embates políticos, o prefeito também destacou investimentos considerados prioritários. Entre eles estão a Casa do Autista, a tentativa de tornar operável a clínica veterinária municipal, a construção do campus do Instituto Federal e o anúncio de cerca de R$ 1 bilhão em recursos federais para obras de infraestrutura e interligação viária na cidade.
Esse último anúncio, feito ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, provocou repercussão nas redes sociais, tanto positiva quanto negativa, por envolver gestões com posicionamentos políticos distintos. Ainda assim, Ricardo Silva reforçou o discurso de uma relação institucional baseada no interesse público.