Segurança Pública: um direito de todo cidadão
Em mais uma edição do programa Bastidores da CBN, Edimundo Bernardes recebeu o Coronel Reformado Marco Aurélio Gritti, especialista em segurança pública, para discutir temas cruciais sobre a segurança do cidadão no Brasil. A conversa abordou desde a sensação de impunidade até as novas tecnologias aplicadas na segurança pública.
A Proteção ao Cidadão e a Legislação Vigente
Gritti iniciou a discussão destacando que o sistema protetivo atual, fruto da Constituição de 1988, muitas vezes privilegia o criminoso em detrimento da vítima. Ele ressaltou que, embora a defesa seja um direito fundamental, é necessário equilibrar a proteção, garantindo também amparo e assistência às vítimas, especialmente os grupos mais vulneráveis, como idosos, mulheres, crianças e adolescentes. O Brasil, infelizmente, lidera rankings de violência contra esses grupos, evidenciando a urgência de um olhar mais atento e de políticas públicas eficazes.
A Sensação de Impunidade e a Subnotificação
A conversa também abordou a sensação de impunidade que permeia a sociedade, gerando descrença nas instituições e desestimulando o registro de ocorrências. Gritti ilustrou essa questão com exemplos práticos, como o caso de um amigo que, após ser roubado, optou por não registrar o boletim de ocorrência por acreditar que “não ia dar em nada”. Essa subnotificação, segundo o coronel, distorce a realidade criminal, dificultando o trabalho dos gestores de segurança pública e perpetuando um ciclo vicioso.
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Tecnologia e Integração na Segurança Pública
Em um contraponto à sensação de impotência, Gritti apresentou soluções inovadoras que vêm sendo implementadas em diversas cidades, como o SmartSampa em São Paulo e o sistema de São José dos Campos. Esses projetos integram tecnologia e inteligência artificial para otimizar o monitoramento e a resposta às ocorrências, permitindo que poucos operadores controlem um grande número de câmeras. O reconhecimento facial e a integração de dados também se mostram eficazes na identificação e prisão de criminosos, além de inibir a ação de quadrilhas.
A busca por um sistema de segurança mais justo e eficiente passa pela integração de esforços, investimento em tecnologia e, principalmente, pela garantia de que a proteção ao cidadão seja prioridade.