Setor cafeeiro se adapta e passa a exportar produção para outros destinos com ‘tarifaço’ dos EUA
O setor cafeeiro da região da Alta Mogiana encontrou alternativas promissoras para mitigar os impactos da taxação imposta pelos Estados Unidos. Produtores locais, antes focados no mercado americano, redirecionaram suas estratégias, buscando novos parceiros comerciais na Europa e na Ásia.
Diversificação de Mercados
Dados recentes do governo federal revelam uma queda de 46% nas exportações de café para os Estados Unidos entre janeiro e atrássto. No entanto, essa retração foi compensada por um aumento significativo nas vendas para outros países. A Itália, por exemplo, registrou um crescimento de 24%, o Canadá, 36%, e o Japão, um expressivo aumento de 185%.
Oportunidades Globais
Washington Louis Bueno, negociador de café, destaca que a perda do mercado americano abriu portas para novas oportunidades. Apesar das tarifas impostas pelos Estados Unidos, o Brasil continua a exportar café normalmente, explorando outras origens de compra. Empresas de classificação de cafés têm recebido amostras de todo o Brasil, provenientes de produtores de cafés especiais que buscam conquistar novos mercados.
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A Triangulação e a Valorização do Café
A triangulação entre países surge como uma estratégia facilitadora para as negociações. A Alemanha, maior reexportadora de café do mundo, compra, processa e reexporta o produto, mesmo não sendo produtora. Essa dinâmica permite que países que desejam alcançar o mercado americano importem de outras origens e revendam para os Estados Unidos. Em um curto período de 30 dias, a saca de 60 quilos de café saltou de R$1.800 para R$2.400, impulsionada pela valorização do produto em outros mercados. Fatores climáticos também exercem influência nesse cenário.
A resiliência do setor cafeeiro brasileiro demonstra sua capacidade de adaptação e busca por novos horizontes em um mercado global dinâmico.
