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Você gosta de ficar sozinho ou tem medo da solidão?

Danielle Zeoti analisa como ficar sozinho afeta o psicológico humano e destaca que momentos de solitude são importantes também
Você gosta de ficar sozinho ou
Danielle Zeoti analisa como ficar sozinho afeta o psicológico humano e destaca que momentos de solitude são importantes também

Danielle Zeoti analisa como ficar sozinho afeta o psicológico humano e destaca que momentos de solitude são importantes também

O medo da solidão é um tema que preocupa muitas pessoas, Você gosta de ficar sozinho ou, especialmente diante de situações como o crescimento dos filhos, divórcios ou a perda de entes queridos. A psicóloga Dani Zeote, convidada para discutir o assunto, explica que a solidão é frequentemente vista como uma inimiga a ser evitada a todo custo, chegando a ser considerada prejudicial e até letal para algumas pessoas.

O medo da solidão e sua origem

Segundo Dani, o medo da solidão está ligado à necessidade humana de pertencimento e acolhimento. Enquanto um bebê não sobrevive sem cuidados, o adulto pode viver sozinho, mas muitos ainda sentem-se como aquela criança que depende do suporte externo para segurança e afeto. Essa sensação pode levar a uma busca desenfreada por conexões, mesmo que não sejam satisfatórias, impedindo o autoconhecimento e o desenvolvimento emocional.

Solidão como oportunidade de autoconhecimento: A psicóloga destaca que momentos de solidão são fundamentais para o crescimento afetivo e emocional, permitindo que a pessoa se volte para si mesma e adquira maturidade. Ela alerta que evitar a solidão pode resultar em um encontro inesperado e doloroso com ela no futuro, especialmente se o medo for muito grande e não for enfrentado.

Influência das redes sociais e a idealização da felicidade: Dani aponta que as redes sociais contribuem para aumentar a sensação de solidão, pois exibem imagens de pessoas felizes e socialmente ativas, o que pode fazer com que outros se sintam excluídos. Esse cenário fomenta a necessidade de evitar a solidão a qualquer custo, alimentando um ideal social de beleza, sucesso e popularidade que nem sempre corresponde à realidade.

Solidão escolhida: a solitude: Ela diferencia a solidão da solitude, termo que designa a escolha consciente de estar sozinho e sentir-se bem com isso. A solitude é vista como um momento positivo, especialmente quando a pessoa sabe que tem uma rede de apoio ao seu redor. Um exemplo citado é o velejador brasileiro Amir Klink, que passou meses sozinho em uma baía congelada, utilizando esse isolamento para o autoconhecimento e a realização de uma obra significativa.

Entenda melhor

Dani reforça que a verdadeira liberdade está em aprender a conviver consigo mesmo, reconhecendo que as pessoas importantes em nossa vida permanecem internalizadas em nossas memórias e experiências. Ela cita Clarice Lispector, que em sua obra “A Hora da Estrela” afirma: “Minha força está na solidão. Não tenho medo… pois eu também sou o escuro da noite.” Essa perspectiva incentiva a encarar a solidão como uma aliada, e não como inimiga, promovendo o autoconhecimento e a maturidade emocional.

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